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Quem nunca ouviu aquela frase: “Não vá nadar depois de comer porque faz mal”? Isso é o que diz a cultura materna. Mas será que nadar ou tomar banho após as refeições, realmente tem algum risco?
Durante a digestão, o corpo aumenta o fluxo de sangue nos músculos do sistema digestivo direcionando mais sangue e oxigênio para essas áreas. De acordo com os médicos, a prática de exercícios físicos faz o corpo direcionar o fluxo para outros músculos criando uma espécie de “competição” por energia.
Nadar com intensidade depois de comer muito certamente não faz bem. Agora, tomar um banho de piscina com movimentos suaves dentro d’água, depois de uma refeição leve, não faz mal
Eduardo Berger, gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Quanto esperar?
O fator principal na hora de calcular o intervalo entre a alimentação e o exercício físico é pensar no que se come. “Se a pessoa comer uma feijoada o ideal é esperar umas três ou quatro horas antes de fazer exercícios. Se [a refeição for] de frutas, suco, ou carboidratos entre meia e uma hora já resolve”, explica o ortopedista Ricardo Munir Nahas, coordenador científico da Associação Paulista de Medicina.
Na lenda familiar, tomar banho também parecia algo capaz de provocar síncope – a perda dos sentidos. Mas segundo os especialistas isso é apenas um mito. “É importante evitar banhos muito quentes e demorados, pois podem provocar mal-estar por queda da pressão arterial”, explica Berger.
Ou seja, entrar na piscina só para ficar ali curtindo a água, tudo bem. O que não pode é praticar exercícios de grande esforço.
Mas que mal exatamente pode causar? “Dependendo da condição física pode ter uma síncope, mas as reações vão desde um desconforto, náusea, soluço, e dores abdominais. Em casos extremos, como de uma pessoa com cardiopatia, o esforço após a refeição poderia causar um infarto”, comenta Nahas.
Os médicos ressaltam que embora os riscos de afogamento sejam pequenos, não são inexistentes. “Por que essa ‘fixação’ com a natação? Simples: o ser humano tem por habitat a terra, não a água. Um mal-estar ‘no seco’ é mais facilmente observado e socorrido. Já na água, a consequência pode ser muito pior”, alerta Berger.
COMER E NADAR É O ÚNICO RISCO NA PISCINA?
Quando se tem criança em casa, não é apenas a congestão que pode ser um risco para quem tem piscinas em casa. O risco de afogamento é algo real, não só para os pequenos, pois existem muitos adultos que não sabem nadar.
Os bichinhos de estimação também podem ser as vítimas, pois mesmo que saibam nadar por instinto, se não conseguirem sair da piscina, acabam se afogando por exaustão.
Por isso, existem diversas recomendações de segurança, sendo uma delas as capas ou telas de proteção para piscinas.
DEVO COLOCAR REDES DE PROTEÇÃO OU CAPAS EM MINHA PISCINA?
Se a proteção foi feita com o objetivo de evitar sujeiras, como folhas, etc, as capas podem ser uma boa opção e representar uma redução no custo da manutenção, economizando água e outros produtos.
Para obter proteção contra acidentes com crianças por exemplo, não existem normas que comprovem a eficiência de uso de capas para piscinas, nem tão pouco de redes de proteção na posição horizontal sobre a piscina. Mas todo o cuidado é pouco, não é memso?
Lonas sobre piscinas podem ser atrativas para crianças e animais e isso se agrava quando há determinada falta de bom senso de quem comercializa e oferece este produto sem conhecer estes aspectos e ainda demonstram sua resistência, caminhando sobre a lona com a piscina cheia.
Enquanto a lona estiver nova apoiada sobre a densidade da água, ela oferecerá boa resistência. Isso leva ao consumidor, pela sua boa fé, a evidência de que o produto é resistente, o que não é mentira, porém, bastam alguns meses para que materiais de baixa qualidade se rompam abrindo pequenas frestas por onde uma criança poderá passar e dificilmente conseguirá sair.
Durante os estudos das normas técnicas para redes de proteção o assunto foi colocado em pauta. Houveram diversos relatos dentre estes um acidente fatal ocorrido, onde a capa contribuiu sobre maneira para o fato.
O costume de subir sobre a piscina e caminhar sobre a capa e talvez até pular em cima da capa, provocou uma tragédia. O rompimento da lona após determinado tempo submetido ao sol levou a criança a submergir e a mesma só foi encontrada, dias depois de muita procura, já que a princípio a capa sobre a piscina não permitia a ideia que lá estivesse o motivo do sumiço. A lona teria se partido no centro quando a criança brincava sobre a lona sumindo sem deixar rastro.
TELAS DE PROTEÇÃO PARA PROTEGER A PISCINA
O que se deve saber é que as telas de proteção tem uma elevada resistência e longa durabilidade por que são produzidas para evitar acidentes, porém foram normatizadas para serem aplicadas na posição vertical.
As telas de proteção foram e ainda continuam sendo muito utilizadas para finalidade de proteger que pessoas caiam dentro das piscinas, porém, faltam informações técnicas sobre essa finalidade, ou seja, não se tem conhecimento técnico de fato sobre a durabilidade e resistência, tanto das redes quanto das capas quando se trata de piscinas.
Por questões que são extremamente diferentes do uso de redes de proteção em Janelas ou em sacadas, pelo possível contato com o sol, por quedas de granizo, etc.
O contato com o CLORO da piscina, a posição horizontal com maior incidência da ação do sol e o manuseio desses itens com frequência, resultarão em menor grau de resistência e de durabilidade ao qual não se tem conhecimento exato por não ter sido submetido a estudos nesse sentido, nem ensaiados em laboratórios.
As telas de proteção possuem maior resistência e para piscinas pode-se adotar critérios de se ampliar consideravelmente a resistência com maior segurança. As redes de proteção para uso em piscinas ou na posição horizontal, podem ser aplicadas em malhas menores do que as de janelas e sacadas, normalmente malhas com perímetro máximo de 200mm ou seja 5 X 5 cmm.
Se for usada a malha 30, malha de 3 X 3 cm isso supera muito a resistência das, redes de proteção de janelas e de sacadas, cuja resistência constante na NBR 16046-1 é de 550 Kg/f/M². Neste caso teremos uma rede de proteção cuja resistência estaria bem a cima dos 550kgf/m², por razões óbvias, já que teremos uma concentração média de 30% mais materiais aplicados por m².
Existem dois pontos não tão positivos para uso das redes de proteção para coberturas de piscinas:
Primeiro o fato de que quando aplicada sobre uma piscina na posição horizontal, a tela de proteção vai ceder em formato côncavo, mesmo quando muito esticada.
Dependendo do tamanho da piscina, a forma que tenha sido aplicada e o nível da água, uma criança ou um animal pode até ficar submerso mesmo sem romper a rede. Claro que dependendo do tamanho da criança, esta não se deixara afundar por que terá a rede sempre sob seu pés.
O segundo é que tendo malhas menores, mais resistentes e também um pouco mais caras, fazem de seu peso, difícil manuseio, ou seja, dependendo de quem vai efetuar a remoção e re-colocação, podem ficar guardadas mais tempo do que deveriam e proteger menos pelas dificuldades de manuseio.
LONAS OU CAPAS PARA COBERTURA DE PISCINAS?
Há riscos de acidentes porém há também uma questão conflitante: entre ter dispositivos sem o real conhecimento da resistência e durabilidade e não aplicar nenhum dispositivo de segurança, o que se deve fazer?
Esta decisão cabe a cada um que conviva com o risco. Muitos pessoas devidamente informadas a respeito da realidade, fizeram uma escolha inteligente. Instalaram uma rede de proteção e sobre esta uma lona.
A empresa contratada para executar o serviço, deve usar o que existir de melhor em matéria prima, acessórios, etc e informar corretamente o cliente.
Infelizmente muitas empresas comercializam estes produtos sem saber muito sobre sua procedência sobre leis do consumidor ou resistência mínima, oferecendo como um item de fato para proteção, levando o consumidor a acreditar que está adquirindo um produto desenvolvido para aquele fim.
Com isso o consumidor procura o melhor preço e nesta hora normalmente acaba comprando a pior qualidade, já que os valores e espessuras de lonas variam muito de fabricante para fabricante.
E vamos combinar, quando o assunto é segurança, não se deve brincar e nem pechinchar. Procure profissionais capacitados, certificados e que tenham um amplo portfólio de clientes para você poder consultar a qualidade dos seus serviços!
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